sexta-feira, 13 de junho de 2008

Senos da Fonseca, a rebeldia da insatisfação



Decidi arriscar-me e abrir a pequenez deste "blog" ao mar sem sossego do sempre inquieto Senos da Fonseca. Será apenas uma brevíssima referência feita sobretudo da imagem que dele tenho, desde há muitos anos, de eternamente insatisfeito combatente por causas de democracia e liberdade.


Navegador incansável de viagens intermináveis, com rumos nem sempre perceptíveis ao comum dos homens de terra, como muitos de nós, sempre assim o conheci sem exactamente o conhecer nas limitações que me reconheço ... ( Já o imagino a sorrir, com a ironia fácil de quem sofre a imensa sede de futuro, e a dizer num sussurro mal contido: este agora deu em pensar que também é poeta).


Eu sei que isto é quase nada, mas tenho a certeza que cada um dos leitores deste esboço não vai resistir e vai sair à procura das palavras e das imagens que já se pressentem para lá destes endereços de blogs e títulos de livros.

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Do perfil apresentado pelo próprio Senos da Fonseca em

que certamente consultarão na totalidade,

sublinho apenas os graus académicos e as publicações editadas:



Graus Académicos - Curso de Engenharia Mecânica da U. P.
- Engenheiro Maquinista Naval



Publicações Editadas:

Artigos Profissionais (vários)

"Edição do Blog Terra da Lâmpada – 2007"

"Ílhavo Ensaio Monográfico Séc X – Séc XX"

"Ângelo Ramalheira - O Rigor Científico numa Personalidade de Eleição"

"Filinto Elísio"

"Guilhermino Ramalheira - O Discurso da Paixão"

"Nas Rotas dos Bacalhaus"

"Alexandre da Conceição - Poeta da Terra Absurda"

"Blog Vol. I, II, III, e IV"


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Em 1969 como Presidente da Direcção do Illiabum Clube fez parte da organização de um programa ilhavense chamado VIP-VIP que João Aníbal Ramalheira regista na sua página http://ramalheira.no.sapo.pt/ no tema "Revistas e Espectáculos" da seguinte forma:


"Foi uma réplica Ilhavense ao conhecido Zip-Zip! O primeiro programa realizou-se no Salão Paroquial em 15 de Novembro de 1969 pelas 21.45 H. Era organizado por um grupo de jovens Ilhavenses e pelo Illiabum Clube. Senos da Fonseca, Vítor Menício e Manuel Teles, encarregavam-se das entrevistas e a parte musical estava a cargo do conjunto J4 (João Paulo, João Madalena, João Aníbal e João Nunes Madalena). A parte humorística era redigida por um trio responsável por muitos espectáculos realizados na altura: João Madalena, Guilhermino Ramalheira e Vitor Menício. Passaram pelo Vip-Vip, José da Velha, Vieira da Silva, António Serrão, Vítor Barateiro, João Marques Ramalheira, Paulo Lemos, Maria Filomena (padeira de Vale de Ílhavo), José Vidal, Frederico de Moura, Bélinha e Manuel José Craveiro e outros. As receitas obtidas eram destinadas a Instituições como a Casa da Criança, Museu de Ílhavo, etc..Pensamos que só foram realizadas três sessões, em virtude de uma queixa anónima apresentada à Direcção Geral dos Espectáculos. O êxito obtido pelo Vip-Vip começou a retirar público aos outros espectáculos e tudo ficou por aqui."



O Diário de Lisboa de 17 de Novembro de 1969

sublinhava que no VIP-VIP

tinham sido "focados problemas da região":



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Fez parte da Comissão Nacional do 3º. Congresso da Oposição Democrática que se realizou em Aveiro de 4 a 8 de Abril de 1973 :









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Desde Janeiro de 2004 que se tem dedicado à construção de diversos "blogs"
dos quais se destacam:

http://www.wwwlampada.blogspot.com/;


http://terralampada.blogspot.com/;


http://www.nauportugal.blogspot.com/;


http://www.200anosdacosta-nova.blogspot.com/



por onde poderemos entrar a partir do novo cais com o endereço:



http://senosfonseca.com/




Entre palavras muitas vezes carregadas de ironia e de amargura, tem procurado manter acesa a velha ideia de fazer deste seu Ílhavo a Terra dos sonhos de que teima em não desistir. Polémico como insistentemente sabe ser, não se deixa calar nem pela força dos ventos mais ou menos nocturnos, nem pelo cantar cinzento das ondas das marés, aparentemente vivas, com que, ao longo dos anos, o têm tentado desviar da persistente viagem rumo ao porto que um dia imaginou e onde quer teimosamente ancorar.



"Alimento-me desta inquietação. Se for derrotado a meio da subida da montanha, é lá que fico: nunca cá em baixo a olhar para a montanha, a pensar que a mesma é inacessível. Nem que seja a acalentar a fantasia, quando descorçoo da realidade. " (págs. 20/21 do vol. V da "Terra daLâmpada").

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Em 2005 publicou "Nas Rotas dos bacalhaus do Séc. IX ao Séc. XVI"









Melhor do que tentar convidar-vos (para quem ainda não o conhece) a viajar pelo livro de Senos da Fonseca, vivendo a aventura em que consegue transformar esta "rota dos bacalhaus",

será deixar aqui as palavras que o Autor dirige ao leitor na "Introdução":













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Em 15 de Junho de 2007 procedeu ao lançamento da sua obra

"ÍLHAVO - ENSAIO MONOGRÁFICO DO SÉC. X AO SÉC. XX"



(excerto do Prefácio)







Não sendo este despretensioso "blog" qualquer espaço de especialidade de qualquer área, não seria, naturalmente de esperar, que eu (que para tal nem sequer tenho as necessárias competências) aqui viesse fazer qualquer tentativa de análise ou crítica da obra "ÍLHAVO, Ensaio Monográfico do Séc. X ao Séc. XX".
Mas penso que posso afirmar, sem receio de cometer qualquer erro por exagero, que nunca mais se poderá realizar qualquer estudo sobre as Terras e as Gentes de Ílhavo sem consultar obrigatoriamente este trabalho de investigação, que o Senos da Fonseca conseguiu transformar num volume de factos e de imagens, em que se sente a paixão pelo conhecimento do que fomos para melhor compreender o que somos, e descobrirmos os caminhos mais adequados para construirmos um futuro que nos liberte, sem nos atraiçoar a riqueza da seiva que nos invadiu desde as raízes.


Do "Prefácio" escrito pelo próprio Senos da Fonseca atrevo-me a transcrever:


"... Não sei se as novas gerações vão procurar o futuro baseando-se numa identidade que veio de trás, de muito longe. Quero acreditar que sim... À cautela, deixo-lhes o meu testemunho do que fomos, não para que acreditem, mas para que o discutam. "
para que esta terra não seja só lugar de estar, mas de ser
. "

1 comentário:

samuel disse...

Bom trabalho! E agora lá vou explorar os links...

Abraço