domingo, 2 de agosto de 2009

Viriato Teles, entre Ílhavo e Lisboa

Jornalista, Poeta, Escritor,
Viriato Teles vive em Lisboa, mas nasceu em Ílhavo em 27 de Março de 1958.

Conhecemo-nos há muitos anos quando andávamos entretidos com o sonho de um dia acordar num país de liberdade.

Sei que ainda hoje sonha, apesar das palavras que por vezes vão reflectindo tristezas e angústias.






Sobre a sua biografia, o seu curriculum profissional e a sua obra publicada, poderá ser consultada a sua página de que indicarei o endereço mais adiante. De qualquer modo, vale a pena relembrar que em Maio de 2003 ainda existia um "site" da responsabilidade de Fernando Matos, com o endereço Http://www.terravista.pt/mussulo/3830.

Deste "site" guardei cópia de uma página escrita por João Balseiro:











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Em 1998 publicou, numa edição da Estante Editora, o livro de poemas "MARGEM PARA DÚVIDAS".




Deste livro deixo-vos um poema de 1985:



BILHETE PARA GERALDO ALVES MEU AMIGO E POETA



"Ainda sei beijar.
E amanhã?"


Não sei se te lembras uma tarde e um poema
o mar ali ao pé
e nós. As noites
todas que vivemos
cantigas novas e um gargalhar
de esperança
na berma da inquietação.
As noites
e as estrelas
o rio por nossa conta
e um desejo ébrio a cavalgar as ruas
do mistério. Suavemente
não sei se te lembras.
O café do costume evoluiu (dizem-me)
e fez-se instituição
de crédito
decrépito
e respeitável.
Até as estrelas são diferentes
desde que alguém foi espreitar
e matou os nossos segredos. Só
o mar contonua como foi:
imenso e medonho e belo
como os versos tolos que esctrevíamos.
Não sei se te lembras.


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Dos livros publicados, deixo-vos outros títulos:


- "ZecaAfonso: As voltas de um Andarilho" - Edição Ulmeiro, Lisboa,1999
- "Bocas de Cena" - Edição Campo das Letras, Porto, 2003
- "Carlos do Carmo, do Fado e do Mundo" - Edição Sete Caminhos, Lisboa, 2003


Em 2005 publicou o livro "Contas à vida - Histórias do tempo que passa" (Edição Sete Caminhos, Lisboa). O jornal "O Ilhavense", na sua edição de 10 de Dezembro de 2005, deu o devido realce:






Da introdução que escreveu neste livro transcrevo um breve excerto:



"Desde já confesso: sou culpado. Culpado de ter vivido intensamente o 25 de Abril e os dias levantados que se seguiram. Estava em Ílhavo, quando tudo começou, mas ninguém é perfeito. Era jovem e pensava. Éramos imortais e não queríamos perder tempo. Queríamos o mundo e tínhamos o mundo. Em ano e meio, fizemos de um país tristonho uma pátria onde valia a pena sonhar. E sonhámos, e vivemos horas que ninguém nos tira. Depois, a vida real impôs-se e mostrou-nos que há um preço para tudo, até para os sonhos. Pagámos por isso, e muitos de nós continuam a pagar. E, afinal, qual é o preço da nossa culpa? Quisemos ser felizes. E isso é crime?"

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Ainda em 2005 publicou "A Utopia segundo Che Guevara"
(Edição Campo das Letras, Porto)




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Para melhor conhecer Viriato Teles poderá visitá-lo em:

1 comentário:

O Puma disse...

Boa e justa memória

Força meu caro